Chega a primavera, e Agustina deixa os livros, sai de casa e vai ao jardim, ao seu jardim do Gólgota. Vê que nasceram os narcisos, as rosas cor de sangue e as belas magnólias. Diz, como o escritor Mishima, que o jardim é como um inferno em equilíbrio – esse jardim melancólico, onde nada se aprende, nem poesia, nem botânica.
--------------------------------
Música – excertos de:
“Ajikan” e “Itsuki no komori uta”, Kofu KIkusui, Noriko Noada, Yayoi Nishimura, Musique traditionnelle du Japon, Vogue CLVLX. 326; “Lachrimae Antiquae”, de John Dowland, por Julian Bream, Dances of Dowland, Julian Bream Edition, Vol. 3, BMG Classics, 09026-61586-2.
Agustina recorda a sua ida com a tia Camila – será a Sibila? – a casa duns parentes, dois velhos, que dormitavam na eira....
Agustina toma como mote um poema de Pessoa: “todo o teatro é um muro de música, por onde um cão verde corre atrás da...
Às vezes Agustina perdia a paciência. E o seu olhar reflexivo e complacente sobre a cidade e os seus habitantes encontrava uma razão para...